Um soldado de Oleiros
Era dia 6 de Outubro e lá ia José Nunes da Silva e os companheiros. Partiram para Lisboa, onde estiveram cinco dias.
No dia 11 de Outubro, partiram para Cabo Verde, num navio. Alimentavam-se só com pão com marmelada e café e ainda marmelada. Mais tarde, avistaram Luanda, onde pararam uns dias. Depois, chegaram ao seu destino, Moçambique.
Tiveram uma grande manifestação de pretos e pretas. Ficaram instalados nuns barracões, mas não havia muitas condições.
Eram servidos por uns soldados com bacalhau podre, massa com chouriço com bolor, entre outras coisas.
Estes comeres começaram a levar soldados e pretos até à morte e outros a ficarem com doenças.
Um poema de José Nunes da Silva:
«Motte
1.º
“No dia um de Novembro
E que pousemos pe emterra
Para tomar parta nagrurra
Ums com alegria rindo
Outros com magua chorando
Penssando na família amada
Ficaram não pode esquesser
Para África faser uma
A expedição em cravada
2.º
Quando tocava a dantes
Eram as dusias seguidas
Um ião para o Hospital ja frido
Outros ficavão comvalcentes
Desde que sou soldado sou
Penssando na família ficou
Eis os martírios dum homem
Quasi morto de fome
A porto Amelia chigou
3.º
Ate o pão foui condanado
No pezo asser de minuido
O selebre bacalhão ardido
Nos matos foui enterrado
Saubistituia o feijão emgrachado
Que nunca mais se acabou
Afebre Tifoide começou
Alastrar o acampamento
Foui então que neste momento
Tudo do ente ficou»
Tatiana Alexandra
Era dia 6 de Outubro e lá ia José Nunes da Silva e os companheiros. Partiram para Lisboa, onde estiveram cinco dias.
No dia 11 de Outubro, partiram para Cabo Verde, num navio. Alimentavam-se só com pão com marmelada e café e ainda marmelada. Mais tarde, avistaram Luanda, onde pararam uns dias. Depois, chegaram ao seu destino, Moçambique.
Tiveram uma grande manifestação de pretos e pretas. Ficaram instalados nuns barracões, mas não havia muitas condições.
Eram servidos por uns soldados com bacalhau podre, massa com chouriço com bolor, entre outras coisas.
Estes comeres começaram a levar soldados e pretos até à morte e outros a ficarem com doenças.
Um poema de José Nunes da Silva:
«Motte
1.º
“No dia um de Novembro
E que pousemos pe emterra
Para tomar parta nagrurra
Ums com alegria rindo
Outros com magua chorando
Penssando na família amada
Ficaram não pode esquesser
Para África faser uma
A expedição em cravada
2.º
Quando tocava a dantes
Eram as dusias seguidas
Um ião para o Hospital ja frido
Outros ficavão comvalcentes
Desde que sou soldado sou
Penssando na família ficou
Eis os martírios dum homem
Quasi morto de fome
A porto Amelia chigou
3.º
Ate o pão foui condanado
No pezo asser de minuido
O selebre bacalhão ardido
Nos matos foui enterrado
Saubistituia o feijão emgrachado
Que nunca mais se acabou
Afebre Tifoide começou
Alastrar o acampamento
Foui então que neste momento
Tudo do ente ficou»
Tatiana Alexandra